AUTOMÓVEL
Como funciona o seguro de carro?
O seguro de carro, assim como acontece com outros bens, como moto, imóvel ou até mesmo viagem, funciona como uma espécie de garantia ao proprietário. Ele paga uma mensalidade (ou um valor anual) para que tenha direito a ser indenizado caso aconteça algum problema com seu veículo.
Toda relação entre segurado e seguradora gera a chamada apólice de seguro, que é, basicamente, um contrato em que são descritos, de forma detalhada, a cobertura a que o bem está assegurado.
Caso aconteça algum evento que foge da cobertura contratada, a seguradora não é obrigada a ressarcir o proprietário. Por isso é que essa negociação entre as duas partes antes da emissão da apólice é o processo mais importante dessa relação.
Quando algo acontece com o veículo, o proprietário comunica a empresa, que abre um registro chamado de sinistro, uma espécie de ocorrência sobre o fato. No caso de um acidente de trânsito, por exemplo, o sinistro consta o que ocorreu e os dados dos envolvidos, tanto o segurado quanto o terceiro.
É com esse número que ambas as partes poderão solucionar o problema, como um conserto dos danos resultantes do acidente, por exemplo.
Embora tratamos comumente como seguro de carro, existem diversos tipos de seguroque se encaixam no mais variado perfil de proprietários. Os custos também são diferentes conforme as características e condições acordadas.
Quais são os tipos de coberturas existentes?
Agora que você já entende melhor como funciona o seguro de carro, vamos mostrar quais coberturas existem no mercado.
Seguro contra roubo e furto
Quando um carro é roubado, o proprietário deve, em primeiro lugar, acionar a polícia, registrar um boletim de ocorrência e comunicar a seguradora sobre o fato. A indenização, nesse caso, só sai se o bem não for recuperado. Em geral, a apólice do seguro prevê um período (em geral, de 30 dias após o fato) para que o veículo seja encontrado. Após esse prazo, ela deve indenizar o proprietário conforme valor de mercado.
Cobertura de danos a terceiros
O seguro que engloba a possibilidade de cobertura de danos a terceiros garante que, caso o segurado seja responsável por um acidente, a outra parte envolvida também tenha direito à cobertura, seja ela médico-hospitalar ou de danos e avarias.
Nesse caso, o terceiro deve entrar em contato com a seguradora e informar o número do sinistro para que possa ser atendido. Em geral, a empresa já indeniza o hospital, se for o caso ou uma oficina conveniada pelo serviço prestado a essa pessoa.
Acidentes de passageiros
Esse tipo de seguro é ideal para motoristas de táxi e de aplicativos, por exemplo, que costumam transportar passageiros o tempo todo. A cobertura, em geral, inclui o pagamento de uma indenização caso outra pessoa, que não o motorista, seja vítima em um acidente de trânsito. O seguro pode cobrir indenização por invalidez ou o custeio das despesas médicas.
Seguro de acessórios
Esse tipo de serviço é vendido como uma espécie de adicional ao seguro de carro básico. Em geral, engloba itens como rádio, vidros e retrovisores, que podem ser furtados ou danificados tanto um acidente quanto em uma batida involuntária. Nesse caso, o segurado comunica a seguradora sobre o dano e é encaminhado para uma oficina parceira.
Quais fatores influenciam o valor do seguro de carro?
Além de saber como funciona o seguro de carro, vale a pena entender quais fatores podem deixar o seguro de carro mais barato ou mais caro.
A análise feita pelos corretores de seguro envolvem uma série de perguntas para que eles entendam seu hábito como motorista. E as condições de uso do veículo.
É muito importante que você responda às perguntas corretamente, sem omitir informações. Isso porque, em alguns casos, se ficar comprovado que o segurado mentiu para a empresa, a cobertura pode ser afetada e até mesmo negada.
Abaixo listamos alguns deles.
1. Idade dos condutores
A idade do condutor principal e dos demais (cônjuge ou filhos) influenciam diretamente no valor cobrado pelo seguro. Jovens se envolvem mais em acidentes, por exemplo. Por isso, o preço do serviço aumenta bastante se há algum condutor com idade entre 18 e 25 anos.
2. Garagem em casa e no trabalho
Outra pergunta que pode parecer estranha, mas que influencia no preço do seguro, é se ele conta com garagem em casa e no trabalho para poder guardar o carro. Isso porque, no estacionamento, o carro fica menos exposto a furtos e roubos, por exemplo. Portanto, as chances de um sinistro por esse motivo é menor, na avaliação das seguradoras.
3. Taxa de roubos na região
Uma das estatísticas consideradas é a taxa de roubos nos diferentes locais da cidade. As seguradoras têm acesso aos dados sobre furtos e roubos e conseguem verificar quais as regiões são mais ou menos expostas a essas ocorrências. E isso pode impactar diretamente no preço caso você viva ou trabalhe próximo a essas áreas.
4. Tipo de carro
Outro fator que altera o valor do seguro é o tipo de carro do segurado. Carros mais caros e que demandam peças importadas para o conserto de avarias; carros muito antigos, que peças são difíceis de encontrar, e até mesmo os que saíram de linha tendem a ter o preço mais elevado. Carros muito visados por ladrões também costumam contar com um adicional.
5. Histórico do motorista
Em quantos acidentes de carro você se envolveu no último ano? Quantas vezes precisou acionar a seguradora? Tudo isso consta do seu histórico como motorista e também impacta no valor cobrado pela empresa.
Também pode entrar no cálculo se você é um bom pagador ou se costuma atrasar o pagamento das parcelas e até se opta pelo débito automático como meio de cobrança.
Algumas seguradoras contam com uma espécie de bônus em que, quanto maior a nota do proprietário, menor é o valor que ele pagará.
6. Estado civil e gênero do condutor
Sim! Isso também faz diferença na avaliação da seguradora. Solteiros e divorciados pagam mais que os casados, por terem uma tendência a se envolver em mais acidentes.
Quem costuma levar filhos no carro, para a escola, por exemplo, pagam menos que os demais, já que tendem a ter uma direção mais cuidadosa. Segundo as estatísticas, homens se envolvem em mais acidentes (e mais graves!) que as mulheres, o que faz com que o seguro para eles também seja mais caro.